A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. Mário Filho, o amigo certo nas horas incertas.
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“Todo o poder emana do povo”, diz o parágrafo único do artigo 1 da Constituição. Democracia depende de levarmos a Constituição a sério.
Em um mundo
perfeito, a política é feita de ideologia. Todos os integrantes de um sistema
político teriam suas ações baseadas em valores morais defendidos pelas siglas,
e suas candidaturas a cargos públicos teriam o objetivo de colocar esses mesmos
valores em prática, de forma a que a sociedade e todos os seus membros pudessem
viver em uma harmonia de deveres e direitos individuais e coletivos. Mas a
política está longe de ter valores e ideologias para um país melhor e mais
justo. Atualmente, especialmente no cenário brasileiro, a política está
envolvida em um grande jogo de forças, onde o desejo de melhorar a vida do
cidadão dá lugar a uma perigosa ambição de querer o poder acima de tudo,
sobretudo acima de ideologias partidárias. E entra ano, sai ano, entra governo,
sai governo, e as coisas não mudam. Sempre se acha uma forma de dar o famoso
jeitinho brasileiro para deixar a política a seu próprio favor. E temos de
tudo: alteração de meta fiscal, aprovação de aumentos feita a toque de caixa e
criação de partidos feita por condenados na Justiça com o objetivo de fazer um
bloco parlamentar e pleitear espaços no Congresso. E por mais que a política
esteja cada vez mais na roda de conversas dos brasileiros, ela ainda não é
levada a sério. “Ah, mas todos os partidos são iguais”, “Político é tudo
ladrão”, “Pagando a minha Bolsa-Família está tudo certo” não podem ser argumentos
para quem quer ver o seu País no rumo certo. É preciso participar, se informar,
pesquisar os trabalhos dos governos federal, estadual e municipal. Não se
contente com pouco. Se precisar protestar, proteste, não se acanhe. Mas não
proteste à toa, contra coisas inevitáveis. É preciso levar a política a sério,
mas de forma apartidária, sem mesquinharias. Não pense que só porque o político
X do partido Y o ajudou naquela vez em que precisou de uma carona que ele é a
solução para os problemas da sua cidade, estado ou país. Fique atento a
“políticos papagaios”, que ficam de poleiro em poleiro em busca do seu lugar ao
sol. Procure sempre o bem do coletivo, não se deixe enganar por promessas vãs e
pesquise. Próximo ano teremos eleições, pense bem no país que quer deixar para
os seus filhos. Todos nós podemos fazer a nossa parte. Luto por um país onde a política possa ser levada a sério.
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