Ex-secretário, Pedro Eurico, é indiciado pela Polícia Civil por estupro e mais quatro crimes.


  

         A Polícia Civil de Pernambuco concluiu nesta sexta-feira (10) o inquérito contra o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico. Após ser acusado pela ex-mulher, a economista aposentada Maria Eduarda Marques de Carvalho pelo crime de violência doméstica, Eurico decidiu deixar o cargo na última terça-feira (07).

O inquérito concluiu que os acontecimentos relatados por Maria Eduarda se encaixam nos crimes de Segundo a defesa de Maria Eduarda informou ao G1, Pedro Eurico foi indiciado por cinco diferentes crimes previstos no Código Penal Brasileiro (CPB). São eles o de perseguição e ameaça à integridade física ou psicológica (174 A); dano emocional à mulher (147 B); lesão corporal em caso de violência doméstica (129 parágrafo 9); estupro consumado e estupro tentado (213 e 213 com 14.2), pelos quais Pedro Eurico foi indiciado.
    
    “É preciso esclarecer que, dentre os registros de ocorrência anteriores referidos pela vítima, alguns são anteriores à Lei Maria da Penha, dependiam de representação e já foram alcançados pelo instituto da prescrição ou decadência, além de que outros mais recentes, já durante a vigência da Lei Maria da Penha, dependiam da representação da vítima, condição de procedibilidade indispensável à instauração dos procedimentos [...] Quanto ao boletim de ocorrência registrado no mês passado, o Inquérito Policial foi devidamente instaurado, concluído e remetido ao Ministério Público na última quarta-feira (08), com o indiciamento do Investigado”, disse a Polícia Civil, em nota.

    O relacionamento de Eurico e Maria Eduarda começou ainda nos anos 1990. Segundo a economista, o primeiro episódio de agressão aconteceu em março do no ano 2000, quando ela registrou o primeiro Boletim de Ocorrência contra o político. No total, foram dez B.Os registrados, o último em novembro deste ano.

    Em entrevista à TV Globo, a economista disse que as agressões se intensificaram nos últimos meses, o que a motivou a vir a público. “[Ele] me acordava de madrugada dizendo que eu saísse de casa naquela hora porque ele tinha acabado de sonhar que me matava. Outro dia, ele dizia que ia acontecer um acidente, ia aparecer um acidente e ninguém ia desconfiar que era ele que tinha mandado fazer alguma coisa”, disse.

    Com relação às agressões físicas, Maria Eduarda disse que aconteciam frequentemente. “Ele batia, dava murro, dava chute. A vida inteira. Ele sempre me bateu”.

    Além de agressões físicas, o político ainda é acusado de perseguição. “De 2000, desse momento [em que esteve na delegacia], até 2003, foi uma perseguição na minha vida, Infernal. Na minha e dos meus filhos. Ele ia mais cedo no colégio dos meus filhos, sequestrava meus filhos, levava para passear, ligava para mim dizendo que só devolvia quando eu ficasse com ele”.

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